Durante vários anos, uma inovadora empresa de lançamento com sede na Califórnia chamada Relativity Space tem sido a queridinha dos investidores e da mídia.
A Relatividade prometeu interromper o lançamento, pegando uma tecnologia de nicho na indústria espacial da época, a impressão 3D, e usando-a como base para a fabricação de foguetes. O lance funcionou. O presidente-executivo da Relativity, Tim Ellis, gostava de se gabar de que sua primeira ligação de investidor foi para o proprietário do Dallas Mavericks, Mark Cuban, que recebeu o primeiro cheque da empresa. Cuban investiu meio milhão de dólares.
Isso foi apenas o começo da torrente de arrecadação de fundos de Ellis, que, em novembro de 2023, transformou a Relativity, de capital fechado, em uma empresa de US$ 4,5 bilhões, após seu último financiamento da Série F. Este foi um começo impressionante para a empresa fundada por Ellis e Jordan Noone, ambos engenheiros, em 2016.
Uma grande aposta
A rodada da Série F ocorreu quando a Relativity estava em meio a uma aposta ousada que, em retrospectiva, pode ter sido uma aposta ruim. Em março de 2023, a empresa lançou seu foguete Terran 1 pela primeira – e única – vez. Após este voo, Ellis anunciou que a empresa estava se voltando imediatamente para o desenvolvimento do foguete Terran R, muito maior e mais capaz.
“É uma aposta grande e ousada”, disse Ellis em entrevista. “Mas na verdade é uma decisão muito óbvia.”
Com uma capacidade anunciada de mais de 1 tonelada métrica para a órbita baixa da Terra e um “atraso” de contratos de lançamento avaliados em centenas de milhões de dólares, de acordo com Ellis, o Terran 1 tinha potencial para gerar receitas significativas. Poderia também ter obtido uma parte dos contratos de lançamento que desde então foram conquistados por concorrentes como a Rocket Lab, com o seu veículo Electron mais pequeno, e a Firefly, com o seu foguetão Alpha de tamanho comparável.