Um pai foi preso depois de supostamente manter sua esposa e sete filhos em cativeiro em uma casa em ruínas por duas décadas.
O homem de 52 anos supostamente os estuprou repetidamente, forçou abortos e enterrou os fetos no jardim da família.
A terrível provação aconteceu na pequena cidade de Novo Oriente, Minas Gerais, Brasil.
As autoridades foram alertadas depois de uma das filhas do homem, numa tentativa desesperada de liberdade, o ter drogado com comprimidos para dormir e conseguido escapar.
Ela denunciou o suposto abuso à polícia, que conduziu uma investigação de um mês antes de invadir a propriedade.
A polícia descobriu três fetos enterrados no jardim, um deles quase a termo, aos oito meses de idade.
A esposa do homem, supostamente com 40 anos, afirma que sofre esse pesadelo desde os 17 anos.
Supostamente forçada a submeter-se a três abortos, ela disse que não tinha escolha senão viver com medo.
Os investigadores descobriram que uma das filhas também sobreviveu a um aborto angustiante e fracassado, quando seu feto de seis meses foi resgatado por uma parteira.
Apesar da saúde debilitada da criança, o pai teria recusado qualquer ajuda médica.
Sete crianças, com idades entre os três e os 22 anos, foram resgatadas e a investigação revelou mais horrores.
A polícia diz que o suspeito abusou sexualmente não apenas de suas filhas, mas também de sua falecida sogra.
Ele também teria feito buracos nas paredes para espionar suas filhas enquanto elas se vestiam e tomavam banho.
O homem não identificado está agora sob custódia preventiva, acusado de cárcere privado, estupro, violência psicológica, aborto e ocultação de cadáveres.
As vítimas foram realocadas para um estado diferente para sua proteção.
A porta-voz da polícia, Herika Ribeiro Sena, disse que a esposa, agora segura, só tinha permissão para sair de casa para receber benefícios, muitas vezes sob o olhar atento do suspeito.
“Nenhum dos vizinhos a conhecia, nem mesmo os parentes tinham acesso a ela”, disse Sena.
A investigação continua enquanto as autoridades descobrem toda a extensão do horror.