O Qatar disse ao Hamas que deixará de acolher o seu gabinete político, a menos que o grupo militante e Israel se envolvam em conversações construtivas e significativas.

O país do Golfo deixará de tentar mediar um acordo de cessar-fogo até Hamas e Israel “demonstrar uma vontade sincera de regressar à mesa de negociações com o objectivo de pôr fim à guerra e ao sofrimento dos civis”, disse uma fonte diplomática do Catar informada sobre o assunto.

O escritório político do Hamas em Doha “já não serve o seu propósito”, acrescentou a fonte.

Catar serviu como mediador entre os dois lados desde que o conflito começou em outubro passado, após os ataques do Hamas a Israel, o que levou Israel a responder em Gaza.

Esteve envolvido em conversas que levaram a um cessar-fogo temporário no ano passado e a libertação de alguns reféns feitos pelo Hamas.

“Os catarianos tomaram esta decisão depois de ambos os lados se recusarem repetidamente a participar nas negociações, exceto nas suas condições, sem demonstrar vontade de se envolverem de forma construtiva”, disse a fonte.

“Os catarianos concluíram que há vontade insuficiente de ambos os lados, com os esforços de mediação tornando-se mais sobre política e eleições do que uma tentativa séria de garantir a paz.”

Por esta razão, disse a fonte, o Qatar informou tanto Israel como o Hamas que não pode continuar a mediar.

A última ronda de negociações no mês passado não conseguiu garantir um acordo, com o Hamas a rejeitar uma proposta de cessar-fogo de curto prazo.

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O Hamas negou que estivesse deixando o Catar, chamando tais alegações de “infundadas”.

“A relação entre o Hamas e o Qatar é uma relação forte baseada no respeito, na cooperação e na coordenação no que serve a causa palestiniana”, disse Ghazi Hamad, funcionário do gabinete político do Hamas.

O número de palestinos mortos em Gaza desde o início dos combates aumentou para 43.552, informou no sábado o ministério da saúde administrado pelo Hamas.

Quando o Hamas atacou Israel em 7 de Outubro de 2023, fez cerca de 250 reféns e matou 1.200 pessoas. Mais de 90 dos reféns estão ainda detido em Gaza.